Texto de apresentação do CD duplo.
Matéria publicada na imprensa da Paraíba
Depois de mais de um ano de pesquisas e muitas horas de estúdio, já está pronto o CD duplo do maestro e compositor Joaquim Pereira, (foto) com dez dobrados e dez valsas, denominado: “Joaquim Pereira, dobrados e valsas”, que será distribuído gratuitamente, com as bandas de musica da Paraíba. A realização de tal trabalho só foi possível graças ao apoio financeiro da Funjope – Fundação de Cultura de João Pessoa. Tal trabalho foi gravado no SG estúdio Digital. Em João Pessoa e teve como diretor artístico o maestro Carlos Anísio e Sérgio Gallo, capa e projeto Fabio Cavalcanti, fotografias Mano de Carvalho, produtor executivo Gilmar Alves e produtor artístico Pedro Marinho. Os dobrados foram gravados pela Banda do 15º Batalhão de Infantaria, cujo pavilhão de musica leva o nome do maestro e as valsas pelo Grupo Oitavando, dirigido por Marcelo Vilor, responsável pelos arranjos junto com Carlos Anísio. O CD será lançado tão logo a Prefeitura através da Seinfra, realize a reforma da Praça Joaquim Pereira, localizada na Epitácio Pessoa, conforme promessa do secretário João Azevedo, contando tal lançamento com a presença da Banda do 15º Batalhão de Infantaria, autoridades e o povo de modo geral. Joaquim Pereira nasceu em Caiçara, cuja estrada leva o seu nome e aos 16 anos pelo seu talento já fazia parte da Banda da Policia Militar da Paraíba, vindo se tornar o seu regente em substituição ao famoso Tonheca Dantas. Dali ingressou como convidado na Banda do então 15º Regimento de Infantaria na nossa Capital, indo em seguida dirigir a Banda da Aman – Academia Militar de Agulhas Negras em Resende-Rio de Janeiro, onde se reformou, tendo também o seu nome sido escolhido para denominar o pavilhão de musica daquela importante unidade do Exército brasileiro. Paralelo as suas atividades como militar, Joaquim foi um dos fundadores de nossa Orquestra Sinfônica e o seu segundo regente, tendo na estréia da Sinfônica, composto “Prece Sonora”, uma das musicas incluídas no CD, em que figura 20 musicas, tendo ainda, as valsas Ósculo de Mãe, Romance sem Palavras e Melodia da Primavera, dentre outras. Já os dobrados são: “Os Flagelados”, executado em todo Brasil e no exterior e ainda Paraíba Moderna e Academia Militar. Pedro Marinho que foi um dos produtores do CD, também é autor do livro biográfico, Joaquim Pereira Pereira, Maestro da Orquestra Sinfônica da Paraíba e é o responsável pelo blog que trata da vida e da obra do maestro, cujo endereço é blogjoaquimpereira.blogspot.com.
“Deste podemos dizer que foi o músico maior de Caiçara, com renome nacional. Foi regente das Bandas de Músicas do 15° Regimento de Infantaria e da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende no Rio de Janeiro, e mais importante do país à sua época”.
Fonte: Livro “Caiçara… Caminhos e Almocreves”, do historiador Severino Ismael da Costa.
As folhas 277 do mesmo livro, o autor publica uma foto de Joaquim Pereira quando, em companhia do maestro José Siqueira, entregava ao Governador Tarcísio Buryti, no Palácio da Redenção, as partiruras da instrumentação do Hino Oficial da Paraíba, para piano e banda de música.
Acesse:http://blogdopedromarinho.blogspot.com
“O Estado da Paraíba sela – com o sêlo da perpetuidade, o seu documento artístico musical da maior importância. E o timbre, antes, empoeirado, por uma história descompassada e sem aquivo, resplandece na memória musical paraibana, ora oficializada.
A melodia documental, produto de pura pesquisa, está sendo consistida por uma equipe de abneados e amantes desse ofício. A melodia está SENDO! E não se perdendo o eco dessa tonalidade, permanecerá harmônica e respeitosamente guardada, hiper-resgatada, a música que veio dos entulhos de tempo, dos acervos esquecidos, dos cantos, – jogados nos cantos de paredes – enfraquecidos, sem notas e sem registros, guardados também os novos valores irreconecidos.
Resgata-se a História, exigindo a celebridade no seu devido lugar, explendorosamente num espaço incólume, onde se pode entoar uma vida perpetuamente organizada e rigorosamente preservada.
Guardar é preciso. É o mais-que-perfeito dessa História, apesar do tempo, não esfacelada, é o son que não se dispersa e o ton que não se dissipa.
Resguardar-se na Paraíbaa essência que soprou o CANTO, sem desafinar-se as notas mais eufônicas, dos ilustres músicos do passado e do presente, que nesse compasso, participam da orquestração silenciosamente salva do CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E PESQUISA MUSICAL JOSÉ SIQUEIRA, regidos pela memória musical da Paraíba, soba a batuta do musicólogo Domingos de Azevêdo”. (sic)
Extraído do Folheto elaborado pelo Centro de Documentação e Pesquisa Musical José Siqueira – Fundação Espaço Cultural -. Apresentação feita pelo poeta Saulo Mendonça.
No mesmo folheto é prestado uma homenagem a diversos músicos do presente e do passado, sob o título “Músicos ilustres – Um Hino à História”, figurando nessa seleção:
José Siqueira, Joaquim Pereira, Abdon Milanez, Gazzi de Sá, João Eduardo, Camilo Ribeiro, Ademar Nóbrega, Zé Grande, Batista Siqueira, João Pinto Navarro, Domingos Azevêdo, Genival Macedo, Rivaldo Serrano, Zuzinha, Luzia Antônio G. Barbosa, Pedro Marinho, Sivuca, Geraldo Vandré, Zé do Norte, Jackson do Pandeiro, Vital Farias, Elba Ramalho, Dida Fialho e Sibélius. Mais uma vez Joaquim Pereira, conseguiu a proeza de figurar entre os grandes nomes da música paraibana do passado e do presente.
“Considerando como um dos maiores compositores de dobrados do Brasil, ele é, merecidamente, o nosso mais festejado mestre de Música. Os temas de suas composições são sempre delicados, calcados na espressão e no encanto do sentimento da terra, e nos costumes da nossa gente. Ele organiza a sua própria maneira de compor. Joaquim Pereira extrai de si mesmo o que compõe”.
Extraído do Livro “João Pessoa e a Música” do musicólogo Domingos de Azevêdo.
Comentários Recentes