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12 ago 2009

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PASSAGENS MARCANTES
Joaquim Pereira gostava muito de contribuir com as instituições de caridade e frequentemente se apresentava em memoráveis recitais de violino, com entrada paga, onde executava Shumann, Bethoven, Crescenzo, Schubert, J. Silvestri e músicas de sua própria autoria. Organizava ainda, em recintos fechados, concertos bandísticos-orfeônicos. Sensibilizado com as crianças que viviam nos muitos orfanatos que visitava levando a banda de música e coral, escreveu o belíssimo dobrado “Os Órfãos”.
Em sua agitada vida profissional e social, participou de eventos históricos de nossa cidade. Na Segunda Guerra Mundial, quando do embarque de nossos Pracinhas, à frente da Banda de Música do 15° RI, executou o dobrado “Os Flagelados”, emocionados os militares que embarcavam, bem como os familiares dos mesmos, presentes à despedida na Estação Ferroviária da Capital, Joaquim Pereira juntamente com a banda de música passaram vários meses acampados no lugarejo de Aldeia no Estado de Pernambuco. A função da banda de música era levar entretenimento à tropa alí, acampada, executando os instrumentos a cada vitória das tropas aliadas na frente do combate.
A passagem das mais emocionantes aconteceu no enterro do saudoso médico e vereador Napoleão Laureano, seu amigo e padrinho de sua filha Josileide. O médico enfermo solicitou ao Músico que no seu enterro executasse ao violino a música “Revéri” de Shumann. O pedido atendido comoveu os milhares de pessoas que compareceram em tarde chuvosa ao cemitério, inclusive o político e escritor José Américo de Almeida, que sempre manifestou admiração pelo trabalho musical de Joaquim Pereira.
Em memória do amigo falecido prematuramente, escreveu a música “Romance sem Palavras” na qual o compositor demonstrou, mais uma vez, o carinho que sentia pelas pessoas que cercavam, fazendo isto através da música e usando o extraordinário talento e a facilidade que tinha em compor. Com essa música o compositor registra a saudade do amigo Napoleão Laureano, médico conhecido pela maneira filantrópica com que se dedicava às pessoas pobres e carentes, que por gratidão o elegeram para a Câmara Municipal de João Pessoa.
Em dezembro de 1936, mais uma vez Joaquim Pereira passa por terríveis momentos. Ao retornar com a Banda de Música do 22° BC, de uma viagem que fizera ao Município de Espírito Santo ocorreu um lamentável acidente: o ônibus em que viajavam saiu da estrada e capotou, deixando diversos músicos feridos. Na ocasião, um sacerdote que viajava pela mesma estrada, ao se deparar com os músicos feridos constatou que dois deles se encontravam em estado grave. Joaquim Pereira e o sargento-músico Afonso. Imaginando que os dois militares não resistiriam aos ferimentos, o sacerdote ministrou a ambos o sacramento da extrema-unção. Joaquim Pereira foi trazido ao Hospital de Pronto Socorro, localizado à Rua Miguel Couto, e dali transferido para a enfermaria do 22° BC, onde passou dois meses internado. A mesma sorte não teve o sargento Afonso, que já chegou sem vida ao Hospital. Joaquim Pereira logo após sua recuperação, saudoso do amigo que morreu na fatídica viagem ao interior do Estado, escreveu em sua homenagem o dobrado “Recordações de Afonso”.
Joaquim Pereira também teve participação no movimento revolucionário de 1930, pois logo que se verificou a deposição de Washington Luiz escreveu um hino que denominou “Juarez Távora” em homenagem ao condutor aqui no Nordeste do citado movimento. A música foi largamente executada em todos os Estados sob emoção dos manifestantes, empolgados com a beleza da música escrita especialmente para aquele histórico momento da vida brasileira. Quando se verificou a vitória revolucionária, a Banda da Força Policial Militar realizou passeata cívica pelas ruas da capital paraibana, executando diversas músicas e principalmente o Hino a Juarez Távora, para orgulho e satisfação do compositor, então Regente da referida banda. (Extraído do livro do autor Pedro Marinho, foto acima)

12 ago 2009

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O músico e compositor Joaquim Pereira de Oliveira, nasceu na pequena cidade de Caiçara-PB, no ano de 1910. Aos 8 anos de idade, Joaquim trabalhava na marcenaria do seu pai, José de Oliveira e Silva, mas conhecido por José Faustino, que era marceneiro e músico. Além da arte da marcenaria, que ja aprendia com o pai, o menino Joaquim manifestou o desejo de aprender música, tendo iniciado o aprendizado com aulas de flauta e clarinete. Com pouco tempo de aprendizagem, Joaquim, de posse de seu clarinete, já acompanhava o pai, abrilhantando as festas profanas e religiosas do município de Caiçara, revelando o grande músico que seria no futuro.
No ano de 1925, então com 15 anos de idade, quando se aprensentava na Festa da Padroeira da cidade, foi observado pelo regente da Banda de Música da Polícia Militar, maestro João Artur, que, encantado com as qualidades musicais do jovem rapaz, imediatamente procurou o seu pai, solicitando autorização para levá-lo para a capital do Estado, onde, apesar de sua menor idade, seria contratado como arquivista da banda de música.
Na polícia, teve como professores João Artur, João Eduardo, Pedro Rodrigues, José Peregrino e Tonheca Dantas. Esses mestres foram os responsáveis pelo crescimento musical de Joaquim Pereira, que aprendeu executar com perfeição diversos instrumentos musicais, fazendo com que fosse nomeado, com apenas 19 anos de idade, regente da banda de música Tonheca Dantas, tornando-se assim o mais jovem mestre de banda de música militar do Brasil, em toda história.
Durante a sua permanência à frente da banda de música da Polícia Militar, o jovem maestro, compôs dezenas de músicas de vários gêneros, destacando-se, porém, nos dobrados. Sua magistral composição, “Os Flagelados”, foi inspirada nos retirantes da seca, que se postavam defronte ao prédio dos Correios e Telégrafos. A composição, produzida em poucas horas de trabalho, é na verdade um grito de dor e revolta do compositor, indignado com a fome e a miséria que presenciava todos os dias ao se dirigir para o expediente no quartel da Polícia Militar.
O Coronel Otto Feio, então comandante do 22° Batalhão de Caçadores, sediado na capital João Pessoa, ao tomar conhecimento das qualidades musicais de Joaquim, fez gestão, junto ao então interventor da Paraíba, Gratuliano de Brito, para cessão do músico ao Exército Brasileiro. O interventor, após muita resistência, cedeu o mestre de sua banda de música, tendo o mesmo trocado a patente de 3° sargento e mestre da banda de música da polícia, para ingressar no Exército Brasileiro. como soldado músico de primeira classe, pois tinha certeza que com os seus conhecimentos e grande talento, logo se submeteria às provas de sargento músico, o que aconteceu alguns meses depois. Em suas atividades no 22° BC, Joaquim Pereira continuou sua inspirada trajetória como compositor, chegando em pouco tempo, a regente titular da banda de música.
No ano de 1951, ao ser promovido ao posto de 2° tenente músico, o maestro paraibano foi nomeado para dirigir a banda de música da Academia Militar de Agulhas Negras – AMAN, na cidade de Resende, no Rio de Janeiro. Com o novo regente, começaram a chegar pedidos de militares de diversas regiões do País, desejosos de trabalharem sob a batuta do maestro paraibano, cuja fama como músico e compositor, já atravessara fronteiras. Em poucos meses, a Banda de Música da AMAN já estava totalmente reorganizada.
O maestro Joaquim Pereira escreveu, nessa época, o dobrado “Academia Militar”, executado freqüentemente naquela escola de formação de oficiais do Exército. No ano de 1954, saudoso de sua terra natal e com apenas 44 anos de idade, solicitou a sua reforma do Exército Brasileiro, sob protesto de todos os seus superiores hierárquicos e dos seus colegas da banda. Retornou então para a Paraíba, onde se reintegrou as atividades da Orquestra Sinfônica.
No dia 28 de abril de 1993, o maestro Joaquim Pereira nos deixou, tendo a sua morte sido registrada por todos os veículos de comunicação do Estado da Paraíba

12 ago 2009

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CLAVE DE SOL
Estou lamentavelmente convencido de que jamais regerei a Orquestra Sinfônica de Boston ou vestirei a camisa 10 da seleção. Há outras coisas impossíveis, como ganhar uma medalha de outro nos Jogos Olímpicos ou pilotar uma nave espacial com destino a Júpiter Etcetara.
Mas fora desse universo de impossibilidades, um homem que já passou dos trinta, não tem curso superior e não conhece uma clave de sol, ainda pode fazer muita coisa, inclusive chegar à Presidência da República ou assumir o trono de São Pedro, depende apenas de que estabeleça isso como meta e cultive, decididamente, as qualidades que levam a essas alturas.
Pouco importa o lugar onde tenha nascido ou o nome que lhe haja dado a família Joaquim Pereira de Oliveira, nascido com este nome em Caiçara, já regeu a Orquestra Sinfônica Brasileira, em Resende e já foi aplaudido, entusiasticamente, por dezenas de grandes auditórios. Eleazar de Carvalho já parou para vê-lo regendo e ilustres generais já lhe apertaram a mão.
Hoje, Joaquim Pereira reside no bairro de Miramar, em João Pessoa, com a mesma capacidade de trabalho, com o mesmo senso artístico, mas injustamente sem a mesma fama, quase esquecido de todos.
Desde que deixou o Exército, em 1954, nunca parou de trabalhar, mas já não dispõe de uma Banda de Música nem de quem grave suas obras inclusive uma sinfonia.
Contudo, não é um homem triste. Em 1971, a Câmara Municipal de João Pessoa conferiu-lhe o título de Cidadão do Município e alguns de seus dobrados como “Os Flagelados” e “Ten. Passos” continuam a ser executados pelo Brasil afora e no exterior.
Amigos íntimos de Capiba e Nelson Ferreira, entre outros grandes craques da música, o Capitão Joaquim Pereira sente-se profissionalmente realizado, embora, artisticamente, sonhe com a gravação de suas peças com a divulgação de suas obras, o reconhecimento que tem direito ainda, nesse caminho tão escassamente trilhado.
Um sonho que ele quase se recusa a revelar, metido que vive numa modéstia cheia de dignidade, mas um tanto desnecessária, tratando-se de quem se trata.
Faço este comentário para ele, na esperança de que outras homenagens lhe sejam prestadas, por sua agreste Caiçara, pelos setores culturais de sua adorada Paraíba, pelo próprio Brasil a que serviu como militar, 1933 a 1954, sem uma única punição sempre honrando a farda que vestia. De mim, pode-se dizer que jamais regerei qualquer Orquestra, que farei um gol no Maracanã perante cem mil pessoas ou chegarei em primeiro lugar e até mesmo em último, numa corrida de Fórmula-1. Coisa muito mais simples, como por exemplo, o Prêmio Nobel de Física, estou certo de que jamais ocorrerá.
Mas ninguém dirá que o Capitão Joaquim Pereira jamais poderá reger a Orquestra Sinfônica de Boston.
Jornalista Natanael Alves – Jornal “O Norte” 15/01/74.

11 ago 2009

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Divulgação da gravação do CD duplo do Maestro Joaquim Pereira pelo Jornal o Norte, do dia 04 de janeiro de 2007

11 ago 2009

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O Maestro Joaquim Pereira regendo a Banda de Música do 15° Regimento de Infantaria, quando da visita pela passagem de seu aniversário em sua residência.

11 ago 2009

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